A deputada Lohanna (PV), criticou a situação da saúde em Divinópolis, durante Audiência Pública realizada nesta quarta-feira (18/10), na Câmara Municipal. Lohanna lembrou que enquanto vereadora fiscalizou a saúde e os problemas persistem no mandato do prefeito Gleidson Azevedo (Novo).
Com a Câmara lotada, de pessoas que apontaram dezenas de dificuldades na saúde, a deputada apontou que durante 2 anos, junto à Comissão de Saúde, fiscalizou a saúde intensamente. “E a gente identificou que as filas, que são o tema da conversa de hoje, são sintomas de uma doença e a doença é como que Divinópolis não leva a sério nem a prevenção, nem a eficiência. E eficiência não é atender em algum momento, é atender o mais rápido possível. Dizer quando a pessoa será atendida e garantir que ela será. E é preciso fazer isso através de planejamento”, alertou.
Divinópolis recebeu R$15 milhões em recursos que vieram do acordo da Vale, Lohanna lembrou que o prefeito preferiu asfaltar a cidade, do que investir em Saúde. “Essa cidade escolheu gastar R$ 15 milhões dos recursos da Vale em asfalto, enquanto isso não tinha dinheiro pro posto do bairro Copacabana. A saúde em Divinópolis não é prioridade orçamentária, porque qualquer dinheiro que entra vai para asfalto, porque dá mais voto”.
A gestão da saúde no município é alvo de críticas da população e dos vereadores, tanto da base, como da oposição. Lohanna defendeu um novo modelo de gestão em que “um Secretário que consiga dialogar com o Controle Social, com as pessoas que voluntariamente estão ali para prestar um serviço de fiscalização com a população. Uma secretaria de saúde que ouça as críticas dos vereadores. E a gente não vê as medidas acontecendo, a partir das críticas que até aliados fazem, nem assim resolvem”, avaliou.
Após a gestão apontar que faltam recursos em algumas áreas, a parlamentar rebateu e alegou que falta gestão e planejamento. “A desculpa não pode ser só dinheiro, porque quem tem orçamento de R$ 400 milhões de orçamento por ano, falar que é só dinheiro, é um sinal claro de incompetência”.
A deputada também afirmou que relembrar é viver e apontou várias irregularidades na Saúde, como a falta do Plano Municipal de Saúde por 2 anos e meio. “Essa cidade chegou a propor um plano, durante a gestão do prefeito Gleidson, que era um plágio do Plano Municipal de Saúde do Município de Belo Horizonte. Eficiência não acontece sem planejamento, e durante dois anos e meio essa cidade gastou um orçamento de cerca de R$ 400 milhões por ano, sem planejar, a bel prazer do Secretário de Saúde e equipe”.
Somente enquanto deputada, Lohanna enviou quase R$ 2 milhões para a Saúde em Divinópolis e confirmou, que continuará fiscalizando as irregularidades. “A Saúde não espera, o nosso mandato está comprometido, mas essa responsabilidade é do Chefe do Executivo, do prefeito Gleidson, que tem a caneta na mão e o orçamento e não tem a capacidade de estar aqui, para discutir com a população. A gente precisa cobrar deles e vou continuar cobrando”, afirmou.