A deputada Lohanna (PV) acusou o Governo Zema, nesta terça-feira (15/03), de criar uma estratégia para “desmobilizar a Educação” mineira. Durante audiência da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia sobre o pagamento de recursos do Fundef-Fundeb a parlamentar afirmou que o governo terá que dar explicações sobre o desencontro de informações sobre a distribuição dos valores.
A audiência teve como tema a destinação de recursos extraordinários recebidos e a receber pelo Estado por meio de precatórios decorrentes de decisões judiciais relativas ao cálculo nominal por aluno na distribuição de recursos do Fundef-Fundeb pela União. Durante a reunião, a coordenadora do Sind-UTE, Denise Romano, explicou a promessa feita anteriormente pela Secretaria Estadual de Educação do montante substancial a ser pago, o que foi desmentido pelos membros da secretaria presentes à audiência, sobre os valores e perspectivas de pagamento aos educadores.
Os deputados em plenário foram surpreendidos com o desencontro de informações vindo do Governo de Minas. A deputada explica que os profissionais da Educação foram levados a acreditar que receberiam os precatórios e por isso, diminuíram a movimentação. “A confusão não é sem querer, ela é pensada, planejada, uma ferramenta que o Governo de Minas usa para desmobilizar os setores de luta que são e sempre foram protagonistas na educação mineira”, ressaltou.
Lohanna acredita que a Educação sempre foi o gargalo de Zema, principalmente pelo descumprimento do piso salarial e por isso as informações desencontradas foram propositais. “O Governo Zema tem que admitir que ou de fato se organizam muito mal ou a confusão é mesmo estratégia para desmobilizar a Educação e para enganar os educadores. Ou são desorganizados, ou estão agindo de má e a gente precisa de respostas. E é papel do legislativo fiscalizar o que acontece na administração pública e a Comissão de Educação vai continuar fazendo isso muito bem”.
Os profissionais da educação presentes na audiência também levaram cartazes de luta e de cobrança ao piso nacional da Educação, descumprido pelo Governo Zema.